IPCA-15 em Maio: Inflação Sob Controle com Energia e Remédios em Destaque

IPCA-15 em Maio: Inflação Sob Controle com Energia e Remédios em Destaque

Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apontou para um aumento de 0,36% no custo de vida dos brasileiros, como divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. Este resultado destaca-se como a menor alta para o mês desde 2020, quando houve uma queda histórica de 0,59%. Nos anos subsequentes, o IPCA-15 mostrou avanços de 0,44% a 0,59%, refletindo uma tendência de instalação de alguns meses de estabilidade no panorama inflacionário.

Analisando o período de 12 meses, o IPCA-15 apresentou um acúmulo de 5,40%, levemente abaixo dos 5,49% reportados em abril. Para o ano corrente, até maio, a inflação acumula uma média de aumento de 2,80%. No mês anterior, abril, o índice havia subido 0,43%.

Os principais responsáveis pelo crescimento do índice em maio foram os setores de Vestuário, que teve uma alta de 0,92%, seguido pela Saúde e cuidados pessoais, com 0,91%, e Habitação, marcando um aumento de 0,67%. Em contraste, o segmento de Transportes destacou-se por registrar a maior queda, de -0,29%.

A elevação no custo de Habitação pode ser atribuída à adoção da bandeira amarela nas tarifas de energia elétrica, um reflexo direto da diminuição das chuvas, que resultou na alta dos custos. Na categoria Saúde e cuidados pessoais, foi o reajuste dos preços dos medicamentos que pesou mais, uma mudança que entrou em vigor no fim de março.

O grupo dos Transportes, por sua vez, viu um declínio notável nos preços das passagens aéreas, assim como em estados que instituíram isenção nas tarifas de ônibus aos domingos e feriados.

Análise dos Grupos de Consumo

Descrevendo detalhadamente o comportamento dos preços em maio, vemos que sete dos nove grupos de consumo analisados pelo IBGE apresentaram aumentos:

  • Vestuário: 0,92%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,91%
  • Habitação: 0,67%
  • Despesas pessoais: 0,50%
  • Alimentação e bebidas: 0,39%
  • Comunicação: 0,27%
  • Educação: 0,09%

Dois grupos registraram quedas:

  • Transportes: -0,29%
  • Artigos de residência: -0,07%

Energia Elétrica e Medicamentos: Os Grandes Vilões de Maio

Em um mês marcado pela elevação da bandeira tarifária amarela, a energia elétrica residencial subiu 1,68%, registrando o maior impacto individual no IPCA-15 de maio, contribuindo com 0,06 ponto percentual. Cada 100 kWh consumidos passaram a custar R$ 1,88 a mais nas contas de luz, conforme determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Esta medida foi impulsionada pela transição do período chuvoso para o período seco.

Adicionalmente, em estados como Bahia e Pernambuco, aumentos específicos das concessionárias locais também pesaram nas faturas.

Outro setor afetado foi o farmacêutico, com um aumento de 1,93% nos preços dos medicamentos, conforme permitido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Os reajustes variaram conforme a concorrência dos produtos:

  • Nível 1 (alta concorrência): Até 5,06%
  • Nível 2 (média concorrência): Até 3,83%
  • Nível 3 (baixa ou nenhuma concorrência): Até 2,60%

Alimentação e Transportes: As Variações Internas

Dentro do grupo de Alimentação e bebidas, produtos como a batata-inglesa (21,75%), cebola (6,14%) e café moído (4,82%) tiveram aumentos expressivos. Em contrapartida, o tomate (-7,28%), arroz (-4,31%), e frutas (-1,64%) contribuíram para desacelerar o índice deste grupo, que caiu de 1,14% em abril para 0,39% neste mês.

No setor de Transportes, houve um recuo notável nos preços das passagens aéreas (-11,18%) e nas tarifas de ônibus urbano (-1,24%), apoiado pela política de tarifa zero em diversas regiões. Os combustíveis tiveram uma leve aceleração de -0,38% em abril para 0,11% em maio, com etanol (0,54%) e gasolina (0,14%) subindo, enquanto óleo diesel (-1,53%) e gás veicular (-0,96%) caíram.

Concluindo, o cenário de inflação moderada em maio, divulgado pelo IPCA-15, traz alento ao bolso dos brasileiros, destacando a influência de fatores climáticos e ajustamentos regulatórios e de mercado. O que você acha dessas flutuações? Compartilhe sua opinião nos comentários e continue a acompanhar nossas análises para entender como essas variáveis influenciam o seu dia a dia.

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