Celso Sabino Tenta Permanecer no Ministério do Turismo Mesmo Após Carta de Demissão

O cenário político brasileiro vive momentos de incerteza e movimentação intensiva nos bastidores do poder. Na última sexta-feira, [data], Celso Sabino, atual ministro do Turismo, formalizou sua carta de demissão ao Palácio do Planalto. Este ato, embora nitidamente formal, não representou sua saída definitiva. O ministro, que é uma figura ativa nos corredores do ministério, continua utilizando suas redes de influência para tentar manter-se no posto, estratégia essa que não foi vista com bons olhos por seu partido, o União Brasil. A decisão do União Brasil de exigir a saída de Sabino foi resultado de um rompimento político e eleitoral com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Contudo, Sabino ainda não é carta fora do baralho. Não está sozinho em sua luta e busca apoio de personalidades influentes. Entre elas, Edinho Silva, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), que está ao seu lado na defesa de sua permanência. Edinho se mobiliza para persuadir Antonio Rueda, presidente do União Brasil, enfatizando que a permanência de Sabino pode ser estratégica na consolidação de um palanque forte para Lula no Pará com vistas às eleições para o Senado em 2026. No entanto, intérpretes políticos dentro do União Brasil firmam que a demissão é, de fato, irrevogável. Nos grupos internos da legenda, a despedida já começou e as mensagens de adeus e agradecimento tomaram volume e evidência. A Executiva do partido não descarta a abertura de um processo de expulsão contra Sabino, uma vez que uma resolução do dia 18 de setembro obrigava a desocupação de cargos vinculados ao governo federal dentro de um prazo restrito de 24 horas, tempo este que já expirou. Caso Sabino não consiga resistir à pressão e manter o ministério, ele já tem um plano B em mente: trabalhar pela indicação de Ana Carla Lopes, sua leal aliada, para sucedê-lo. Ela atualmente atua como secretária-executiva do ministério e goza de forte apoio dentro do Pará, especialmente do lado do governador Helder Barbalho (MDB), graças ao seu envolvimento na organização da COP30 e seu domínio no trânsito político local. Contudo, outros partidos não perderam tempo em visualizar oportunidades na possível vacância do cargo de Sabino. No PT, algumas facções defendem abertamente a escolha de Marcelo Freixo, presidente da Embratur, para a posição. Em paralelo, o PDT também se prepara para disputar a influência dada a saída iminente de Sabino. Na sede do governo, conversas ainda tentam delinear a possibilidade de uma reorganização ministerial mais significativa. Isso inclui potencialmente ceder o Ministério do Turismo ao PSD da Câmara como parte de uma negociação que veria esta legenda deixar o Ministério da Pesca. Este momento de incertezas e movimentações nos bastidores demonstra como o jogo político no Brasil pode ser dinâmico e até imprevisível. Os desdobramentos dessa situação poderão trazer impacto significativo sobre as composições políticas em Brasília. Compartilhe sua opinião nos comentários! Para mais notícias e análises, continue acompanhando nosso site.