Explosão de Ciberataques: Projeções Apontam Prejuízos Trilionários e Desafios Crescentes
Nos últimos anos, o mundo corporativo testemunhou uma alarmante ascensão no número de ciberataques. De acordo com o mais recente relatório DBIR da Verizon, houve um aumento de 180% nesses ataques entre 2022 e 2024. Paralelamente, a consultoria Cybersecurity Ventures estima que os crimes cibernéticos podem ocasionar perdas globais de até US$ 10,5 trilhões anualmente até 2025. Tal cenário gera uma série de desafios para as empresas na proteção de seus sistemas, dados e dispositivos, demandando estratégias robustas de segurança.
Especialistas enfatizam a importância de medidas como treinamento contínuo, monitoramento de dispositivos móveis e o uso da certificação digital em empresas de todos os tamanhos e setores. Com o avanço do trabalho remoto, dispositivos móveis corporativos tornaram-se vetores alvos para cibercriminosos. O diretor técnico da Urmobo, Vinicius Olivério, destaca que ataques como phishing, ransomware e malware afetam frequentemente dispositivos sem políticas de segurança rigorosas.
Para mitigar esses riscos, Olivério sugere a integração de soluções de gerenciamento de dispositivos móveis (MDM) que monitoram e protegem estes aparelhos. Medidas adicionais incluem a exigência de autenticação multifator e de senhas fortes, assim como o uso da biometria e a criptografia de dados. O cuidado com a atualização constante dos dispositivos é igualmente crucial para prevenir vulnerabilidades.
Certificação Digital: Um Pilar de Segurança Neurológico
A onda crescente de ataques cibernéticos no Brasil, que registrou em 2024 aproximadamente 356 bilhões de tentativas conforme dados do FortiGuard Labs, reforçou a certificação digital como um instrumento essencial de defesa. Usada na autenticação de acessos e asseveração da integridade das informações, a certificação digital confere validade jurídica a dados em canais digitais. Heitor Pires, CEO da Certifica, sublinha que essa prática não só evita fraudes como também protege a identidade digital de empresas e consumidores.
Especial atenção é destinada ao setor público, que lida com dados extremamente sensíveis. A necessidade de planos de resposta bem estruturados é premente para contrapor ataques de índole política, ideológica ou extorsiva. Ezequiel Garcia, diretor da Betha Sistemas, destaca a importância de integrar sistemas com a inteligência de ameaças e persistir em monitoramentos contínuos, defendendo uma abordagem abrangente e estratégica de segurança.
Setor de Marketing e Testes de Segurança
Dentro do setor tecnológico de marketing, onde plataformas guardam dados críticos, os ataques são uma ameaça perene. Rodrigo Nunes, cofundador do Reportei, relata que testes regulares para identificar vulnerabilidades são uma constante. Esses testes, realizados por consultorias que simulam ataques, contribuem para a correção de falhas e a capacitação dos funcionários na identificação de golpes virtuais e reações apropriadas em caso de incidentes.
Segmento Financeiro: Investimento em Segurança
Como um dos segmentos mais vulneráveis, o setor financeiro enfrenta prejuízos significativos com vazamentos de dados. O relatório IBM “Cost of a Data Breach 2024” revela que o custo médio por violação ultrapassa US$ 6 milhões. Entre fintechs, como a Hub4pay, a segurança é um valor central. Daniel Moreira, CEO da empresa, observa que a segurança digital é um reflexo de confiança para o cliente, e para isso, a fintech adota práticas que incluem a educação contra phishing e a manutenção dos sistemas atualizados.
Conclusão: Segurança Digital no Mundo Corporativo
Em meio a um panorama de ameaças crescentes e prejuízos trilionários, a segurança digital desponta como uma prioridade central para empresas em todo o mundo. As estratégias variam de treinamentos recorrentes a robustes soluções tecnológicas, mas todas visam a fortalecer a resiliência organizacional contra ciberataques. Sua empresa está preparada para os desafios cibernéticos dos próximos anos? Compartilhe sua opinião nos comentários!