Silas Malafaia Ataca Ministro do STF e Defende Bolsonaro em Protesto na Paulista

Em meio a uma multidão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, o pastor Silas Malafaia, figura proeminente e organizador da manifestação, não economizou em suas críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em seu discurso inflamado, Malafaia não hesitou em acusar o ministro de ser um 'ditador', reiterando essa acusação por pelo menos três vezes, e insistiu para que este fosse destituído através de um impeachment. A principal reivindicação do pastor baseava-se na defesa da anulação da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Citando uma reportagem recente da revista Veja, que expôs mensagens potencialmente problemáticas enviadas por Cid nas redes sociais – algo explicitamente proibido em seu acordo de delação – Malafaia argumentou que tais regras deveriam servir de base para a anulação do acordo. "Se isso aqui é um país sério, ele (Moraes) tomava um impeachment e ia para a cadeia", afirmou Malafaia, destacando o que considerava ser uma série de abusos cometidos por Moraes, incluindo a detenção de pessoas inocentes por suas opiniões. O pastor também defendeu fortemente o cancelamento da delação de Cid, reiterando que o inquérito deveria ser descartado caso isso ocorresse. Além disso, Malafaia falou contra as prisões do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, e do ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Câmara, considerando-as partes de uma 'cortina de fumaça' maior, utilizada para desviar a atenção do verdadeiro escândalo que seria a delação de Cid. Durante a manifestação, Malafaia relembrou o caso do empresário Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como Clezão, que faleceu sob custódia no Complexo Penitenciário da Papuda após os atos de 8 de janeiro. Isso gerou reações fortes, com o público presente gritando "assassino", numa clara acusação direcionada a Moraes. Com o protesto centrado no mote "justiça já", Malafaia minimizou a baixa participação, argumentando que a urgência de sua mensagem superava a importância do número de manifestantes. "Estamos aqui para marcar posição. É menos importante o número [de participantes] do que eu vou dizer aqui", declarou ele à colunista do UOL Letícia Casado. O evento reflete um aumento nas tensões políticas e na polarização no Brasil, destacando a fervorosa defesa de Bolsonaro e seus aliados, enquanto estes questionam decisões judiciais e criticam figuras proeminentes no poder judiciário. Confira outros artigos sobre política e justiça em nosso site e compartilhe sua opinião nos comentários!