Bolsonaro Resiste a Candidatos Fora da Família e Temor de Perda de Influência

Bolsonaro Resiste a Candidatos Fora da Família e Temor de Perda de Influência

A contínua resistência do ex-presidente Jair Bolsonaro em apoiar nomes fora de seu círculo familiar para a disputa presidencial de 2026 é percebida por muitos como um movimento calcado no medo de perder influência política. Integrantes da direita, que conversaram com o blog nesta semana, acreditam que, mesmo diante de sua inelegibilidade e uso de tornozeleira eletrônica sob suspeita de coação à Justiça, Bolsonaro mantém sua prioridade na família, mesmo que isso signifique uma derrota para a direita nas futuras eleições.

Uma das fontes ligadas ao ex-presidente revelou que Bolsonaro prefere uma eventual derrota da direita em 2026 a entregar a vitória para alguém de sobrenome diferente dos Bolsonaro. A frase atribuída a ele, "Para Bolsonaro, é Deus acima de tudo e família Bolsonaro acima de todos", ilustra essa mentalidade focada na preservação do legado político da sua família.

Recentes pesquisas conduzidas pela Quaest indicam uma situação desafiadora para a família Bolsonaro. Na disputa com o atual presidente Lula em um potencial segundo turno, nem Jair Bolsonaro, nem seus familiares mais destacados, como a ex-primeira-dama Michelle e o deputado federal Eduardo, conseguiriam superar o oponente. Nesta corrida presidencial hipotética, o único que alcança um empate técnico com Lula é o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, um nome fora do núcleo familiar Bolsonaro.

No entanto, o ex-presidente demonstra resistência em apoiar Tarcísio. Bolsonaro já havia desautorizado tentativas do governador para negociar soluções referentes ao tarifaço sobre exportações brasileiras, imposto por Donald Trump. Em uma de suas declarações, ele reiterou: "Agora, a solução não vai ser feita por ele [Tarcísio] — tem que resolver para o Brasil. Quem está à frente dessa negociação chama-se Eduardo Nantes Bolsonaro. Pronto, não custa nada".

Apesar do barreira imposta pelo tarifaço não ter reverberado negativamente no potencial de Eduardo Bolsonaro como herdeiro político, ele ainda enfrenta o desempenho crescente de Lula entre os bolsonaristas. A mudança no cenário após a publicação da pesquisa fez o núcleo próximo ao ex-presidente considerar o nome do senador Flávio Bolsonaro como uma possível opção futura para manter o legado da família viva no cenário político.

Com o passar do tempo, a posição de Bolsonaro causa reflexões importantes sobre o peso da influência familiar na política nacional e sobre quais caminhos a direita pode trilhar para se reestruturar para 2026. A manutenção dessa postura, contudo, promete aquecer ainda mais o debate político em torno das próximas eleições presidenciais.

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